terça-feira, 1 de maio de 2012

AGÊNCIA DO GOVERNO DE OBAMA DETERMINA QUE USO QUE A PEPSI FAZ DE CÉLULAS DERIVADAS DE BEBÊS ABORTADOS É "NEGÓCIO NORMAL"




LARGO, FL, EUA, 5 de março de 2012 (LifeSiteNews.com) — A empresa Pepsi, que lançará o novo produto Pepsi Next nas próximas semanas, está enfrentando um boicote mais forte enquanto ativistas pró-vida protestam contra o uso que a empresa faz de células derivadas de um feto abortado em pesquisas de realçamento de sabores. Mas a Pepsi teve sucesso, com a ajuda do governo de Obama, em seus esforços de impedir que seus acionistas pudessem examinar suas operações polêmicas.
Numa decisão dada em 28 de fevereiro, a Comissão de Título e Câmbio Americana (CTCA) determinou que o uso que a PepsiCo faz de células derivadas de bebês abortados permanece em seu acordo de pesquisa e desenvolvimento com Senomyx para produzir realçadores de sabores, constituindo “operações normais de negócios”.



Boicote contra a Pepsi

A carta assinada pelo advogado Brian Pitko do Gabinete do Promotor Público Chefe da CTCA foi enviada em resposta a um documento de 36 páginas apresentado pelos advogados da PepsiCo em janeiro de 2012. Nesse arquivamento, a PepsiCo apelou para que a CTCA rejeitasse a Resolução dos Acionistas apresentada em outubro de 2011 de que a empresa “adotasse uma política de empresa que reconheça os direitos humanos e empregue padrões éticos que não envolvam restos de seres humanos abortados tanto em acordos de desenvolvimento e pesquisas participativas quanto privadas”.

George A. Schieren, principal advogado da PepsiCo, comentou que a resolução deveria ser excluída porque “lida com assuntos relacionados às operações normais de negócios” e que “certas tarefas são tão fundamentais para administrar uma empresa no dia a dia que eles não deveriam ser sujeitos à supervisão dos acionistas”.

Debi Vinnedge, diretora-executiva de Filhos de Deus pela Vida, a organização que desmascarou a colaboração entre PepsiCo e Senomyx no ano passado, ficou “pasma com a apatia e insensibilidade” tanto dos executivos da PepsiCo quanto do governo de Obama.

“Não estamos falando sobre que tipo de canetas a PepsiCo que usar — estamos falando sobre tirar proveito dos restos de um bebê abortado para obter lucro”, disse ela. “Usar rins de embriões humanos (HEK-293) para produzir realçadores de sabores para suas bebidas não tem nada a ver com operações rotineiras!”



A PepsiCo também pediu que a resolução fosse excluída porque “inquiria com demasiada profundidade em assuntos de natureza complexa sobre as quais os acionistas não têm capacidade de fazer uma avaliação informada”.

“Em outras palavras, a PepsiCo pensa que seus acionistas são burros demais para compreender o que a PepsiCo está fazendo com os restos de crianças abortadas”, declarou Vinnedge. “Pois bem, eles estão para descobrir exatamente como o público é realmente esperto quando ele aumentar a pressão no boicote mundial!”

O senador Ralph Shortey, de Oklahoma, apresentou o projeto de lei SB1418 que proíbe a venda de produtos que são desenvolvidos ou contêm restos de bebês abortados. No caso dos produtos da Pepsi, as células derivadas dos bebês abortados não terminam no produto final.

“Elogiamos o senador por sua atitude corajosa”, comentou Vinnedge. “O público já está evitando todas as bebidas da Pepsi e a Pepsi Next é só isso — o próximo produto a se evitar!”

Até o momento, o boicote mundial se expandiu para incluir Canadá, Alemanha, Polônia, Inglaterra, Irlanda, Escócia, Espanha, Portugal, Austrália e Nova Zelândia.

Para mais informações, visite o site Children of God for Life.



FILME SOBRE A REVOLUÇÃO DOS "CRISTEROS" NO MÉXICO OFERECE LIÇÕES EM UM TEMPO OPORTUNO




ACI – O produtor de um novo filme que conta a luta contra a perseguição do governo mexicano aos católicos nos anos 20, diz que nele existem claros paralelos com a situação atual nos Estados Unidos e em outros lugares.
“Eu acho que o que vivemos hoje são as mesmas coisas que aconteceram naquele tempo, e depois que você assistir ao filme verá que há muitos tópicos que estão vivos no momento”, contou Pablo José Barroso, produtor de “For Greater Glory”, a Catholic News Agency, a agência do grupo ACI em inglês, no dia 21 de março.
“For Greater Glory” – antes chamado de “Cristiada” – traça a história da Guerra Cristera do México que foi motivada pela legislação anticlerical sendo aprovada pelo presidente mexicano Elías Calles em 1926. Aquelas leis baniram ordens religiosas, privaram a Igreja de direitos de propriedade e negou liberdade civil aos padres, incluindo os direitos de julgamento por júri e o de voto.
A perseguição tornou-se tão violenta e severa que alguns católicos começaram a resistir forçadamente, lutando sob o lema e a estandarte de “Cristo Rey” (Cristo Rei).
“Essa história destruiu nossos corações, mas é uma história que deve ser contada”, disse Barroso.

“Trata-se de uma história real sobre pessoas que defenderam suas crenças. Como mexicano, estou muito orgulhoso em dividir com o mundo essa nossa história da qual muitos mexicanos não sabem a respeito”.
O filme é dirigido por Dean Wright e é estrelado pelos premiados atores Andy Garcia, Eva Longoria e Peter O’Toole entre outros. “Estamos tentando fazer filmes com valores e de alta qualidade de produção”, explicou Barroso, que esteve presente na estreia do filme no dia 20 de março, em Roma.
No último domingo, 25 de março, o Papa Bento XVI celebrou uma Missa para mais de 400.000 peregrinos na cidade mexicana de Silao. A celebração aconteceu sob a sombra da estátua de Cristo Rei, de 20 metros de altura, que foi construída nos anos 40 em homenagem aos que morreram na Guerra Cristera.
Desde então, dúzias de mártires da guerra foram canonizados e beatificados pela Igreja, incluindo Jose Sanchez Del Rio, um menino de 14 anos, que foi declarado santo pelo Papa Bento XVI em 2005. A história do jovem é particularmente destacada no novo filme.
“Eu espero que após verem esse filme, as pessoas comecem a apoiar sua religião e viver de acordo com ela”, contou Barroso, que vê a ameaça à liberdade religiosa crescendo pelo mundo.
“Como católico, eu acho que agora é a hora para que os leigos resistam e façam alguma coisa”.
“For Greater Glory” chegará aos cinemas dos Estados Unidos no dia 1° de junho desse ano.

FONTE: FRATRES IN UNUM

IGREJA - INFORMAÇÃO VERSUS CAMPANHA





Carlos Alberto di Franco

A imprensa brasileira tem noticiado a respeito da crise que fustiga a Igreja Católica com razoável serenidade e equilíbrio. Os casos de abuso sexual protagonizados por clérigos são, de fato, matéria jornalística inescapável. O que me impressiona, e muito, é a perda do sentido informativo e o inequívoco tom de campanha assumido por alguns jornais norte-americanos.
Infelizmente, os casos reais de abuso sexual, ocorridos nas últimas décadas, mesmo que tenham sido menos numerosos do que fazem supor certas reportagens, são inescusáveis. Nada pode justificar nem atenuar crimes abomináveis como o estupro e a pedofilia. Um só caso de pedofilia, praticado na Igreja Católica por um padre, um religioso ou uma religiosa, é sempre demais, é inqualificável.
Mas jornalismo não pode ser campanha. Devemos, sem engajamentos ou editorialização da notícia, trabalhar com fatos. Só isso nos engrandece. Só isso dá ao nosso ofício credibilidade e prestígio social. Pois bem, amigo leitor, vamos aos fatos.
O Vaticano recebeu 3 mil denúncias de abuso sexual praticado por sacerdotes nos últimos 50 anos. Segundo monsenhor Scicluna, chefe da comissão da Santa Sé para apuração dos delitos, 60% dos casos estão relacionados com práticas homossexuais, 30% com relações heterossexuais e 10% dos casos podem ser enquadrados como crimes de pedofilia. Os números reais de casos de pedofilia na Igreja são, portanto, muito menores.
Os abusos têm sido marcadamente de caráter homossexual e refletem um grave problema de idoneidade para o exercício do sacerdócio. Afinal, uma instituição que há séculos defende o celibato sacerdotal tem o direito de estabelecer os seus critérios de idoneidade, o seu manual de instruções para a seleção de candidatos. Quem entra sabe a que veio. É tudo muito transparente. Quem assume o compromisso o faz livremente. O que não dá, por óbvio, é para ficar com um pé em cada canoa. E foi exatamente isso o que aconteceu. A Igreja está enfrentando as consequências de anos e anos de descuido, covardia e negligência dos bispos na seleção e formação do clero.
Philip Jenkins, um especialista não católico de grande prestígio, publicou o estudo mais sério sobre a crise. Pedophiles and Priests: Anatomy of a Contemporary Crisis (Oxford, 214 págs.) é o mais exaustivo estudo sobre os escândalos sexuais que sacudiram a Igreja Católica nos Estados Unidos durante a década de 1990. Segundo Jenkins, mais de 90% dos padres católicos envolvidos com abusos sexuais são homossexuais. O problema, portanto, não foi ocasionado pelo celibato, mas por notável tolerância com o homossexualismo, sobretudo nos seminários dos anos 70, quando foram ordenados os predadores sexuais que sacudiram a credibilidade da Igreja.
O autor não nega o óbvio: que existiram graves desvios; e, mais, que os bispos fracassaram no combate aos delitos. Jenkins, no entanto, mostra como os crimes foram amplificados com o objetivo de desacreditar a Igreja. A análise isenta dos números confirma essa percepção. Na Alemanha, por exemplo, existiram, desde 1995, 210 mil denúncias de abusos. Dessas 210 mil, 300 estavam ligadas a padres católicos, menos de 0,2%. Por que só as 300 denúncias contra a Igreja repercutem? E as outras 209 mil denúncias? Trata-se, sem dúvida, de um escândalo seletivo.
As interpretações e as manchetes, em tom de campanha, não batem com o rigor dos fatos. Vamos a um exemplo local. Reportagem publicada no jornal O Estado de S. Paulo, de 18/5/2009, página C4, abria com o seguinte título: Triplica o número de vítimas de abuso atendidas nas zonas sul e leste. E acrescentava ao título: Desde outubro, a média de novos casos passou de dez por mês para um por dia. Mesmo que o estudo se cinja às zonas leste e sul da cidade de São Paulo, por somarem milhões de habitantes, não deixa de ser uma amostra muito expressiva.
Trata-se de uma pesquisa realizada por várias ONGs de provada seriedade. Aponta como "novidade desconcertante" o fato de que "pais biológicos são a maioria entre agressores e, agora, avós também começam a aparecer neste grupo". No elenco da Rede Criança de Combate à Violência Doméstica, todos ou a quase totalidade dos agressores sexuais são casados. Por que então o empenho em fazer crer que os principais protagonistas de abusos sexuais são padres, e em atribuir a causa dos crimes ao seu compromisso celibatário?
Tentou-se, recentemente, atingir o próprio papa. Como lembrou John Allen, conhecido vaticanista e autor do livro The Rise of Benedict XVI, em recente artigo no The New York Times, o papa fez da punição aos casos de abuso uma prioridade de seu pontificado. "Um de seus primeiros atos foi submeter à disciplina dois clérigos importantes contra os quais pesavam denúncias de abuso sexual há décadas, mas que tinham sido protegidos em níveis bastante altos. Ele também foi o primeiro papa da história que tratou abertamente da crise." Bento XVI tem sido, de fato, firme e contundente.
Em recente carta ao Corriere della Sera, o senador italiano Marcello Pera, um laico no mais genuíno sentido italiano da palavra, assumiu a defesa do papa e foi ao cerne da polêmica. "Desencadeou-se uma guerra. Não propriamente contra a pessoa do papa, pois seria inviável. Bento XVI tornou-se invulnerável por sua imagem, sua serenidade, sua clareza e firmeza." A guerra continuará, "entre outras razões, porque um papa como Bento XVI, que sorri, mas não retrocede um milímetro, alimenta o embate".
Precisamos informar com o rigor dos fatos. Mas devemos, sobretudo, entender o que se esconde por trás de algumas manchetes e de certas interpretações.

DOUTOR EM COMUNICAÇÃO PELA UNIVERSIDADE DE NAVARRA, PROFESSOR DE ÉTICA, É DIRETOR DO MASTER EM JORNALISMO (WWW.MASTEREMJORNALISMO.ORG.BR) E DA DI FRANCO - CONSULTORIA EM ESTRATÉGIA DE MÍDIA (WWW.CONSULTORADIFRANCO.COM) E-MAIL: DIFRANCO@IICS.ORG.BR 
Fonte: O Estado de São Paulo, Opinião, 5 de abril de 2012